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no fundo do mar, e encomendai o negocio a Deos, para que, ainda que tarde e coxeando, tenhamos a boa fortuna de entrar a Barra de Lisboa. No em tanto tomai as vossas medidas de prudencia, e recorrei a Providencia de Lloyd's, se ainda o nao tiverdes feito, &a. Sto.

PRUSSI A.

Berlin, 14 de Fevreiro, 1816.

"Trabalha-se actualmente em organisar um regulamento, relativo á Liberdade da Imprensa, o qual deve claramente determinar em que consistem os abuzos desta mesma liberdade, e como devem ser processados e julgados nos Tribunaes competentes. A Liberdade da Imprensa hé uma couza de que nós actualmente nao nos podiamos dispensar, attendendo-se a esse espirito de indagaçao, que se tem comunicado a todas as classes do povo, e que nestes ultimos annos de guerra tem evidentemente mostrado ser um dos primeiros apoios da Monarquia. Uma grande mudança está pois para haver em as nossas gazetas. Para o futuro haverá uma official, publicada com a maior circünspecçao, a qual como hé destinada para só dar as notieias officiaes, estará por consequencia debaixo da influencia do governo; todas as mais gazetas porem serao tao livres como em Inglaterra.'

(The Champion, 17 de Março, 1816.)

WURTEMBERG.

A assemblea dos Estados do Reino de Wurtemburg derigio em data de 26 de Janeiro uma mui urgente re

presentação a S. M. requerendo-lhe, que revogasse a ordem de 17 de Janeiro, relativa a nova imposição de tributos, e aplicasse em beneficio do paiz, e para cobrir as despezas publicas, o remanescente dos subsidios Inglezes, que se dizem excederem muito ao que o Erario despendeo com a repartiçao militar; assim como o dinheiro pago como indemnidade para a sustentaçao das tropas Austriacas e Bavaras; e particularmente a parte das contribuiçoens Francezas que couberao ao Wurtemburg. A este requerimento acrescentao outro, pedindo que os Estados hajao de ser informados como estas somas tem sido até aqui despendidas.

Esta representaçao pinta com lingoagem mui energica a miseria publica de Wurtemburg, que se tem augmentado com o ultimo Decreto para o pagamento de novos tributos.

"Pela repartição do Erario de V. M. (diz a representação impressa em alguns Jornaes) se publicou "com data de 17 de Janeiro uma nova ordem para "impor e cobrar novos tributos, a qual ordem por toda "a parte tem excitado a maior consternaçao, porque "ella torna responsaveis pela sua cobrança as pessoas "dos Magistrados, dentro de um tempo limitado, e "as somas pedidas sao mui superiorés as posses da "maior parte dos mais consideraveis baliados. Os " abaixo assignados limitao-se particularmente a provar, que o povo vai a ser de todo arruinado pelo rigor "com que os Magistrados o ameaçao para a execução "desta ordem, sendo bem claro, que de tal rigor nao "se precisa actualmente para suprir as de pezas pub"licas. Uma das mais consideraveis classes, e a mais opprimida, hé a dos cultivadores e proprietarios de "vinhas. As perdas que haō tido nestes quatro annos passados, sao bem sabidas; e a ultima vindima até "nao merece este nome. A pobreza, em que se achao, "hé a cima de toda a expressao; muita desta gente "nao vê um bocado de pao em muitas semanas conse"cutivas; e muitos, em uma palavra, estaō literal"nente luctando com a desesperaçao. Hé precizo, "alem disto, considerar, que o povo ainda tem mui "frescas as feridas que recebeo nos calamitozos 10 amos passados; e depois destas consideraçoens pouco ou nada falta para completar a pintura da

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"miseria publica. Compelidos pela pobreza, já muitos "dos que agora sao do numero dos novos contribuintes, " tem até vendido o gado de que absolutamente preci"savao. E quantas familias se sustentao só de batatas 26 se do leite de uma vaca? E se esta ainda lhes hé "tirada como poderáõ continuar a viver? como culti"varáō seos campos, e aonde os cultivadores das "vinhas acharáo meios para conservarem esta sua "industria? A maior parte daquelles que forem forçados a vender o seo gado, farao quanto puderem para remediar este mal; e desta forma cahiráō nas "maōs dos usurarios, particularmente dos Judeos, e "serao obrigados a comprar outro gado muito mais "inferior, e a credito, e por preço dobrado. Em fim, "hé impossivel fazer idea da miseria que há nas fami"lias do povo das aldeas. Hé possivel que até o mesmo travesseiro seja arrancado ao pobre infeliz, que ao menos nelle descançava sua cabeça, fatigada " de amargos cuidados? Ainda quando as razoens legaes, que sao taō decisivas, nao fallassem a favor "do povo, a grande miseria publica seria mais que "bastante para que os abaixo assignados acreditassem quanto tem que esperar dos sentimentos paternaes de "V. M. Assim como a patria nenhuns sacrificios acha "" pezados para defender e sustentar a caza de seos "Principes, assim tambem ella certamente espera achar "em seo illustre Soberano todo o auxilio e assistencia que requerem estes tempos de extrema infelicidade, &c. &c."

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FRANÇA.

General Pamplona (Portuguez) no serviço de França.

Le Maréchal de Camp de Pamplona, qui avoit suivi le Roi T. Ch. à Gand, fut chargé, immediatement après le retour de ce Monarque à Paris au mois de Juillet, 1815, du commandement du Departement de

Ce

Loire et Cher, mission difficile dans le temps. Departement traversé par la Loire, etant occupé à cette époque, sur la rive droite du fleuve, par des corps. Prussiens, et sur la rive gauche par les troupes Fraucaises de l'armée de la Loire, le Général a eu à surmonter bien des obstacles, soit par la sedition des troupes Francaises, soit par les menées de quelques malveillans: cependant il montra tant de fermeté et de prudence qu'il vient à bout de surmonter toutes les difficultés et de maintenir la tranquillité publique. Les habitans de Blois, reconaissans des services rendus par ce Général, lui ont écrit la lettre suivante, quand il leur annonça que par ordre du Roi il alloit quiter le commandement de Loire et Cher. Ce Général passa au commandement du Departement de la Côte d'Or, &c. &c.*

Carta dos Habitantes de Blois.

"Monsieur le Général-Vous avez bien voulu nous faire connoître par votre lettre du deux Fevrier, que par ordre du Roi, vous alliez quitter le commandement du Departement de Loir et Cher.

"Permettez-nous de vous exprimer notre sincère reconnaissance par tout ce que le zêle le plus soutenu, et le devouement le plus pur, vous ont fait entreprendre pour le service de Sa Majesté, la securité de ses devoués serviteurs, et le maintien de la tranquillité publique.

"C'est certainement à votre energie, à vos sages dispositions que nous avons dû le calme dont nous avons joui dans les moments difficiles qui ont signalé l'époque de votre commandement.

"Heureux d'avoir pû, de concert avec vous, parteciper au bien que vous avez fait; interpretes des sentiments de tous nos concitoyens, nous pouvons vous assurer, Monsieur le Général, que vous emportez avec vous leurs estime, et qu'ils conserveront un long sou

Este Artigo hé um pouco longo, porem conclue:-" Que o General Pamplona fora escolhido para este novo Commando d'entre uma numerosa Lista de Generaes, que o Ministro aprezen tára á El Rey, como mais habeis e fieis; o que de certo faz muita bonra ao General Pamplona, &c. &c."-Nota dos Redactores.

venir des qualités qui vous distinguent si eminemment parmi les fidels serviteurs du Roi.

"Nous saisissons cette occasion, Monsieur le Général, pour vous renouveller l'assurance de la haute consideration et du bien sincère attachement avec lesquels nous avons l'honneur d'être vos très humbles et très obeissants serviteurs.-Blois, le 4 Fevrier, 1816."

(Signés)

"Le Maire et le Corps Municipal."

Decreto Real.

Luis pela graça de Deos, &c. &c.

As leis tem sido violadas em Tarascon. Pessoas sediciozas tem forçado os Magistrados a darem sentenças illegaes; alguns prezos, legalmente encarcerados, tem sido tirados das maons da justiça; a Guarda nacional, destinada para manter a ordem, nao tem dado um só passo para este fim; e o Sub-Prefeito foi obrigado a escapar-se ás violencias com que estava ameaçado. Taes excessos pedem um pronto e severo castigo. Por estas razoens nós temos ordenado, è ordenâmos o que se segue:

Art. 1. A residencia da Sub-Prefeitura de Tarascon e do Tribunal de primeira Instancia da mesma Comarca (arrondissement) e todos os mais estabelecimentos, dependentes ou pertencentes a esta capital, serao transferidos para a cidade de Arles.

2. Os prezos, tirados por força das prizoens de Tarascon no dia 13 deste mez, serao conduzidos para as prizoens d'Arles, a fim de que ali sejao processados e julgados com forme as leis.

S. A sentença ou decisão do Tribunal de Tarascon, datada de 14 de Fevreiro as 10 horas da manham, e que declarava que os individuos, chamados Gouvernet e Aubert, naõ deviao ser processados e seriao postos em liberdade, será appelada, se assim se julgar necessario, pelo nosso Procurador Geral ou para o nosso Tribunal Regio de Aix, ou para o nosso Tribunal de Cassação, para que ali se tome conhecimento da dita decisao, e das Minutas lavradas pelo dito Tribunal no mesmo dia 14 de Fevreiro.

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