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Segue-se entao, que o oxygenio hé desaseis vezes, e o gaz azote quatorze vezes mais pezado, que o gaz hydrogenio. De mais a agua hé composta de 1 hydrogenio + oito oxygenio a pezo; e na hypothese de que ella consta de um atomo de hydrogenio e de um de oxygenio, en tal caso o atomo do oxygenio hé oito vezes mais pezado, que o atomo de hydrogenio.

O author julga, que a gravidade especifica do gaz chlorico hé 2.5: a gravidade das outras substancias hé inteiramente deduzida de calculos. O methodo, de que elle faz uso, he achar o pezo de um atomo de qualquer substancia, e multiplica-lo por metade da gravidade especifica do gaz oxygenio; o producto dá a gravidade especifica da substancia, na supposição de que ella existe no estado gazozo: A gravidade especifica de

Zodine hé
Carboneo

8-611111 ou 124 vezes maior que a do hydrogenio.

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O pezo de um atomo de iodine suppoem o nosso author ser 15.5, numero este, que hé quasi analogo ao que Gay-Lussac obteve pelas suas experiencias, isto hé, 15614.

Quanto ao pezo de um atomo de phosphoro, parecenos que nao ser exacto o que propoem o author; e logo mostraremos, que experiencias laboriosas assim

o tem mostrado.

Os pezos dos atomos de carboneo e enxofre concordao com os que outros chimicos ja tambem tem achado por meio de analizes.

Nao approvamos o methodo que o author emprega para determinar o pezo de um atomo de sodio, ferro, zinco, &c. Elle consiste em verificar que porçao destes corpos hé dissoluvel em uma quantidade de acido muriatico que seja sufficiente para dissolver certa porção de carbonato de cal: bem se vê que os resul

tados nunca podem ser taes, que mereçao toda a nossa confiança.

2. Hé um facto já há muito sabido dos philosophos, que o volume do ar, e de todos os gazes, está na razaō inversa da sua compressao. Os Inglezes julgao que Boyle fora o descobridor desta lei; os Francezes porem attribuem a descuberta á Mariotte. Naō estamos certos qual destes dois philosophos foi na realidade o inventor desta lei, em razao de nao termos em nosso poder a dissertaçao original de Mariotte, nem sabermos exactamente o periodo em que foi publicada: mas se sahio á luz em 1666, como temos alguns dados para suppor, entao a precedentia da descoberta pertence sem duvida à Mariotte; pois que as experiencias de Boyle nao forao publicadas tao cedo. Quando um corpo se acha no estado gazozo, as suas particulas estao tao distantes umas das outras, que as attracçoens è repulsoens, que ellas possuem, nao tem acçao alguma sensivel por maneira tal, que a distancia hé simplesmente regulada pela repulsao que o calorico, e a compressao externa occasionaō. Isto hé bem evidente; por quanto se misturarmos um volume de gas oxygenio com um volume de gas hydrogenio, a mistura constitue dois volumes: entretanto que sabemos haver attraçao entre estes dois gazes. Hé por tanto necessario, que as particulas estejaō situadas na esphera de uma attraçao reciproca, e entao se observa, que ellas se approximao, e que occupao um menor espaço. M. Amfrere tem demonstrado que a resistencia, que alguma porçao de qualquer gaz faz á compressao externa, está na razao directa do numero de particulas que essa porçao de gaz contem: isto porem nao hé novo, pois Mariotte tambem estabeleceo há muita a mesma lei.

3. Adhesao apresenta siguaes caracteristicos de affinidade chimica, e hé uma das mais importantes cauzas deste fenomeno. As diversas experiencias feitas sobre ella por Brook, Taylor, Morveau e Archard, saō assas sabidas, como tambem os defeitos dessas mesmas experiencias apontadas há muito por Dutour. O assumpto hé ainda susceptivel de muito aperfeiçoamento, e por certo digno de ser investigado com attençao. M. Ruhland publicou ultimamente no Jornal de Schweigger ii. 146, varias experiencias mui singulares sobre a

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materia, as quaes merecem ser geralmente conhecidas. Passaremos a dar um pequeno resumo dellas; omit. tindo porem as suas explicaçoens, que a nosso ver naō parecem esclarecer muito o assumpto.

Elle achou ser necessario um pezo de 46 graos para separar um vidro de rologio da superficie de mercurio. Aquecendo-se o vidro erao entao precisos 58 graos para separar as duas superficies. Quando o vidro e o mercurio forao elevados ao mesmo grau de temperatura, 46 graos, ou ainda um pouco menos, foi bastante para apartar as duas superficies. Esta experiencia for igualmente bem succedida, quando em lugar do vidro de rologio se substituio um pedaco de marmore.

Ruhland tambem observou o facto, que já há muito era sabido, qual hé, que se duas superficies lizas, forem esfregadas uma contra a outra, a sua adhesao se augmenta mui sensivelmente. Nós suspeitamos, que nestes cazos a electricidade hé a cauza deste phenomeuo; e as duas superficies, hé provavel, que adquiraō diversos estados de excitamento. O author fez adhirir uma pequena lamina de vidro á superficie de um pouco de mercurio posto em um vidro de rologio. O pezo que elle achou ser necessario para separar as duas superficies foi tres graōs: pôz entao o mercurio em contacto com um pouco de acido nitrico: seguio-se por conseguinte uma effervescencia, e se formou um pouco de nitrato de mercurio: e o pezo que depois foi preciso para separar as duas superficies foi nao menos de sette graos. Esta experiencia foi por varias vezes repetida, e sempre com o mesmo resultado. Ruhland julga que uma pequena porçaõ de nitrato de mercurio fica entre o metal e o vidro.

A taboa seguinte mostra os pezos que se acharaō ser necessários para separar de differentes liquidos as superficies dos corpos abaixo mencionadas.

Agua duas vezes distillada:

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Alcohol diluido com tres tantos d'agua: Marmore ... 45 grs. Cera... 50 grs.

Cebo... 49 grs.

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Hé mui notavel o effeito, que um pouco de sal on acido produz nágua; se por exemplo lançar-mos um pouco de sal em duas onças d'agua acharemos, que laminas de zinco e vidro precisao dos pezos seguintes para se separarem do liquido:

Zinco ......... 78 grs.

Vidro ......... 76 grs.

Misturando-se com a mesma porçaō d'agua seis graos de acido nitrico concentrado, forao entao necessarios os seguintes pezos :

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Em outra experiencia os pezos que se precisarao para separar o vidro e zinco d'agua pura forao:

Zinco

78 grs.

Vidro ......... 76·5 grs.

Lancando-se seis graos de acido sulphurico concentrado em agua os pezos foraō:

75 grs.

Vidro ......... 71 grs.

Zinco 4. A fermentaçaõ hé um daquelles misteriosos processos, que a chimica por ora nao tem podido explicar: por este motivo todos os factos, que com ella tem relaçao, devem ser tidos por importantes; pois hé unicamente accumulando factos, que podemos esperar escla

recer este obscuro mas mui relevante processo. Passaremos por conseguinte a expor o resultado de algamas experiencias feitas com á levadura da cerveja (yeast) por Dobereiner: ellas ainda que nao sejaō muito importantes; merecem com tudo ser sabidas. Elle tirou uma pouca de levadura da cerveja feita de gingetre, e para a fazer perfeitamente pura lavou-a em uma boa porçao de alcohol: nao soffreo a levadura alteraçao alguma na sua apparencia, mas ficou sem gosto algum, e incapaz de produzir fermentação em uma fraca solu çao de assucar com agua. Isto mostra que a sua natureza experimentou alguma mudança; por quanto hé um facto que se há observado, que se dissolvermos assucar em agua em quantidade tal que reduzamos o liquido ao estado de Xarope, e depois o misturarmos com levadura, se conserva para sempre sem passar pelo menor grau de fermentação; logo porem que hé sufficientemente diluido com agua, principia a fermentaçao.

5. O absorvimento dos gazes por substancias soli das hé um assumpto de summa importancia, e que tem de vez em quando occupado muito a attençao dos philosophos chimicos. Delametherie, Morozzo, Rouppe, e Von Norden publicarao successivamente diversas experiencias sobre a materia; elles porem se limitaraō em geral á acçao do carboneo, e as suas experiencias nao forao bastante variadas nem exactas para esclarecer muito este assumpto; e muito menos parà nos por em estado de formar uma theoria, que explicar pudesse a natureza deste absorvimento. Porem M. Saussure, philosopho Genovez, um dos mais habeis. chimicos dos nossos dias, tem ultimamente prestado consideravel attençaõ á esta mesma materia, e publicou há pouco uma serie de mui laboriosos e importantes experimentos. Elle nao se limitou ao carboneo, mas sim tentou muitas outras substancias, e variou as suas experiencias por maneira, que obteve resultados sufficientes para dar-nos uma mui plausi vel theoria destes absorvimentos.

A conclusao geral, que Saussure tirou das suas experiencias, foi que o absorvimento dos gazes pelos corpos solidos porosos depende da mesma causa, que a attracção capillar dos liquidos. A affinidade chimica

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